segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Projetos e roteiros







PROJETO  DE  SALA  DE  LEITURA.


Eu leio, tu lês, ele le .Nós contamos.

“Quando se pensa em algo tudo acaba no palco”.

Inspirados pelo patrono do teatro brasileiro nossa escola homenageia Procópio Ferreira.
Nosso CIEP atende até o quinto ano  da educação fundamental.
Estamos localizados no subúrbio do município do RJ.
Nossa escola,de difícil acesso,fica dentro da comunidade.
Privilegiados por um espaço próprio e favorável levei,para o palco do auditório,meu projeto de leitura que tem como título
“Eu leio, tu lês,ele Le.Nós contamos”.
Este projeto torna-se um evento anual de um “ Concurso de contadores de histórias” em nossa escola.
Minhas experiências bem sucedidas a este projeto devo atribuir a várias atividades seqüenciais que venho desenvolvendo ao longo desses anos, pois estou em Sala de Leitura desde 1986.
Como referencia para os alunos realizo a hora do conto,no auditório,em datas especiais.
Nossas crianças assistem de perto a  várias formas de apresentação de histórias.
Além de conta-las com minhas palavras, sem fugir a íntegra do
texto, apresento técnicas variadas na confecção de cada história.











Usando de vários recursos narro histórias com:objetos,barbantes

desenho,dedoches,fantoches,flanelógrafo,varetas,dobraduras,
cartazes e silhuetas molhadas.Antes,porém,mostro a história que escolhi e menciono o título,o autor e ilustrador.
Muitas vezes os livros são pequenos e possuem pouca ilustração.
Narrando a história com uma nova beleza plástica consigo a valo-rização do conto e a atenção maior das crianças.
A expectativa e curiosidade deles é grande e posso conferir ,com
satisfação,que durante a semana, este livro fica em evidencia e na preferência dos empréstimos.
Cada aluno tem o prazo de uma semana para devolução do livro
escolhido.
Durante este período eles podem, entre si,trocar suas histórias.
Este sistema oportuniza mais leituras.Não há cobrança sobre as
histórias lidas, no entanto com a intenção de participarem do
concurso de contadores de histórias do ano, nossos alunos procuram ler bastante até escolherem o que irão apresentar.
Os empréstimos,junto as turmas,possuem horários fechados.
A Sala de Leitura também estende seus empréstimos, ao longo
do ano, para a comunidade escolar e o Projovem através dos
subprojetos permanentes:”Ciranda de livros, Sebo ler e Leva
e traz”.
Nosso acervo é oriundo das Bienais ,Salão do livro e  da FNLIJ.











Nas reuniões da escola com os responsáveis a sala de leitura

participa realizando o momento do conto no subprojeto” Escuta
Mamãe”.Esse é um momento rico para trocas  e esclarecimentos
além de  poder divulgar as obras literárias que estão a disposição
para empréstimos.Algumas dinâmicas e brincadeiras são feitas,
junto aos pais,para alcançarmos momentos de reflexão e sensibilização.
Durante a semana, em horário de grade, faço  o momento do conto, na rodinha, além da produção de textos e outras atividades estimulantes de leitura.
Assim que chegam encontram um ambiente diferente,encantado
e meio mágico.Desde a porta toda a arrumação do espaço possui
 imagens de qualidade que mexem com a fantasia.Decoração temática nos murais, personagens dos clássicos infantis, móbiles
de fadas e bruxinhas,teto estrelado,versinhos,nome de autores
brasileiros,caixas coloridas com livros de histórias, gibiteca e o cantinho da imaginação onde, um aramado sustenta algumas máscaras ,fantasias e adereços.








Tenho a oportunidade de trabalhar com um grande espaço e poder aproveitá-lo, dividindo-o  em dois ambientes.Uma rodinha pintada no chão e do outro lado da sala grupos de mesas e cadeiras.Para completar: a TV,o som, um DVD e os  computadores. É dentro deste espaço alegre e colorido que desenvolvo atividades que vão contribuir e preparar nossos

contadores de histórias.Brincando vamos desenvolvendo a
memória,o vocabulário, a inibição,o lúdico e acriatividade.
No espaço do pátio da escola realizamos o Point’ da leitura
durante o recreio.Os alunos do Grêmio são encarregados  da
organização.Cada semana são oferecidos gêneros diferentes como: contos de fadas,fábulas,lendas,histórias de outros
países e autores nacionais como:Ziraldo,Ruth Rocha, Monterio
Lobato etc.
Esta atividade leva nosso aluno a perceber que a leitura também pode ser uma opção e momento de entretenimento num espaço
prazeroso de civilidade.
O concurso de contadores de histórias faz com que a curiosidade
da criança a mova de tal maneira a crítica literária,ao prazer de
ler e a liberdade de escolha.
E a liberdade é sempre a melhor regra.
Após a escolha do livro o aluno confecciona sua história com uma  técnica  de arte.
Os participantes não decoram os textos do livro escolhido.
Cada conto é recontado por eles com sua própria narrativa, raciocínio,compreensão e síntese,aliados a sua oralidade,desinibição e espontaneidade.
“ACHO QUE TÃO IMPORTANTE QUANTO LER É SABER
TRANSMITIR O QUE LEU”.Essa é a verdadeira leitura.
Os participantes do concurso, durante os ensaios, vão aperfeiçoando e dominando a história e a técnica escolhida
para apresentação.Todos os finalistas possuem a mesma faixa
etária. O lançamento do concurso é em Abril ( dia do livro) e possui três meses de preparação até o dia e mês do evento.
Para compor os jurados convidamos a mãe representante do CEC, um elemento da CRE,a direção da escola e um elemento da sala de leitura pólo.
Todos os concorrentes recebem certificado de participação.
Os três primeiros lugares são premiados.A decoração do auditório  é feita com os trabalhos de toda a escola.Textos,
dobraduras ,desenhos e pinturas expostos de acordo com  o tema do concurso.
Além dos responsáveis convidados,todas as turmas assistem, prestigiam e torcem por seus colegas de classe.
Fotografamos tudo e expomos no corredor as fotos com legendas criadas por eles.







“FINAL  FELIZ” também é uma atividade que propõe produção textual.Divulgo entre as crianças  o catálogo das editoras apresentando os livros para compra.Peço a participação e a opinião deles para a escolha dos próximos livros que a escola vai

adquirir.Obviamente eles procuram conhecer, manuseando e lendo a sinopse dos contos do catálogo.
Lanço uma nova proposta.Escolher um título e dar  continuidade
a história que já possui um começo de narrativa.Final feliz deverá ser o desfecho das histórias e textos criados por eles.
“NUNCA  IMPONHO ,SÓ PROPONHO”
A ansiedade de nossas crianças para a chegada desses livros
trabalhados é grande.Essa ansiedade e alegria é o retorno que
preciso para que,mais uma vez,eles venham a ler motivados pela curiosidade.
No mural do corredor com o título” Li e Gostei.Leia você também”,eles fazem a  manifestação e o registro , por escrito , da  história  além de uma ilustração.
Proporcionar momento lúdico , condições de executar o pensamento  , a imagem e a criatividade  , além de enriquecer a produção textual  são meus maiores objetivos.
Sei que qualquer criança exercita desde que motivada , sua capacidade de criação e sua fantasia , independente de  sua origem social.Tenho a vantagem de  encontrar alunos com maior experiência de vida e maturidade , além de mais independentes.
 Quanto  a leitura a maior dificuldade está no ler,mas existe  o querer.Nosso papel, como educadores , é exatamente, o de motivar nosso aluno a querer  a ler e gostar de ler.
É preciso colocar literatura de qualidade ao alcance da comunidade escolar criando  possibilidades  e recursos para conquistar gradativamente nossos leitores através de atividades como: ler , ouvir , estudar , inventar , reinventar ,  dramatizar , desenhar , escrever e exteriorizar suas fantasias.
Não podemos deixar nossas crianças órfãs da fantasia!
Só o exercício da leitura num espírito  e ambiente de liberdade, alegria , fantasia  e brincadeira  podem formar e conquistar novos leitores.
E por falar em brincadeira... Para entrar na sala de leitura a senha de hoje:

Ruth Rocha
Seja bem vindo!









































PROJETO  DE  EDUCAÇÃO  INFANTIL.










VI  TROCA  DE  EXPERIÊNCIAS  BEM  SUCEDIDAS
         EM  EDUCAÇÂO  INFANTIL.

/trabalho premiado em 2008/  Categoria Posteres.

        PARECE  MAS  NÃO  É . . .
Após a apreciação,na rodinha,do livro  infantil  “Parece mas não é”
observei que a turma divertiu-se e mostrou interesse pelas gravuras.
As mesmas mostravam,através de desenhos,sombras sugerindo outras
apresentações.
Aproveitando o sucesso da leitura da imagem que os despertou tanto quanto a do texto verbal iniciei uma brincadeira pensante com o título
do livro.
_Será que nós também podemos imitar ou fazer algo que:Parece mas não é?
No mesmo instante e com muita naturalidade os exemplos surgiram.
usando a voz e o corpinho como expressão me apareceram:cãozinho
latindo,sapo pulando,passarinho,trem ,etc.
As crianças lembraram e associaram esta atividade a brincadeira
que costumamos fazer no pátio.Cartazes de onomatopéias com
gravuras para eles imitarem.
Continuei a explorar toda aquela alegria e entusiasmo coletivo quando
Mostrei gravuras,previamente selecionadas em meu planejamento
e perguntei:
__Será que nós poderíamos imitar isso também?
Para minha surpresa não foi difícil e imediatamente tive retorno e
resposta.
Uma mola pulando pela sala,um ventilador de pé”assoprando” e
girando com a cabeça,uma balança com o braço direito mais pesado
segurando um livro enquanto o outro levantado estava vazio e suspenso.
Havia também,relógio,mesa e o sucesso do cabideiro onde penduramos
guarda-chuva,bolsa,boné e mochila nos braços e numa das pernas de um dos coleguinhas.
Foi então que propus:
__Que tal nós fazermos o nosso livrinho também,”Parece mas não é?
Expliquei que faríamos um mural primeiro na sala de aula.
Após serem fotografadas,as imitações de cada um,o retrato seria
colocado ao lado da gravura( objeto imitado).
Organizado o mural cada um,então,faria seu próprio livro desenhando
o objeto e colocando a foto do colega ao lado.
Porém,em meio a toda esta atividade uma aluna continuava sentada
quieta sem participar,pois estava empenhada em dar de mamar a sua
boneca com um tubo de cola branca.



Aproveitei a “mamadeira”e perguntei a turma o que a colega estava fazendo.Para minha surpresa ninguém respondeu que ela estava colando
a boca da boneca.Ela dava leite na mamadeira para a filhinha.
Lancei,então, mais uma proposta:Procurar no cantinho da sucata,objetos que lembrassem outras coisas.Dei o meu exemplo e mostrei um lápis preto
pontiagudo dizendo que era uma bruxa.Perguntei à eles no que o lápis se
assemelhava a ela.As respostas foram satisfatórias.Em seguida a turma saiu pela sala pesquisando outros objetos e minutos depois,em rodinha,
cada um apresentou a sua descoberta e explicou, o porquê da semelhança
(associação).
Obtive criações como: jacaré(pregador de roupa), peteca ( índio e árvore),
Girafa (régua),  carneirinho e nuvem ( algodão), princesa ( rosa),robô (lata)
Com vários personagens sugeri experimentarmos fazer uma história com
objetos e deu certo.Todos participaram ativamente motivados pela novidade  e escolheram o título.
“O  espirro  mágico” foi o título escolhido pois durante minha narração
espirrei e a princesa,rosa que segurava,parou de tremer.
Registrei a história e coloquei as personagens(objetos) guardados dentro de um saco de pano.
No decorrer da semana além de confeccionar o livrinho”parece mas não é”
também brincamos com o saco de pano,onde os objetos da história deveriam ser identificados,por eles, com os olhos vendados.
Depois de uma semana, como culminância,finalizamos com a exposição
dos livrinhos e a apresentação da história “ o espirro mágico” ,para outras
turminhas, na Sala de Leitura da escola.

Valorizando a livre expressão artística minha experiência,parece mas não é
esteve diretamente apoiando o PPP /Projeto Político Pedagógico/da escola
que tem como título”Fazendo arte, aprendendo com prazer...” pois
trabalhei com a criatividade,memória e imaginação.
Meu objetivo maior foi estimular o sonho e a fantasia através de experiências criadoras ( momentos de expressão corporal, dramatização
 e desenho).
Meu projeto possibilitou o exercício e a prática da imaginação em ações
criativas como : comparar,desenhar,brincar,dramatizar,relacionar,produzir
escolher e inventar.
Deixamos fruir a imaginação enquanto “brincávamos de pensar”.
                     MEMÓRIA  E  IMAGINAÇÃO
Funções da mente fundamentais para a evolução do ser humano e para
o desenvolvimento cultural da humanidade.São ,igualmente importantes
nos processos de desenvolvimento e aprendizagem de todo ser humano.
A imaginação cria condições de aprendizagem,enquanto a memória
possibilita a aprendizagem.As práticas culturais da infância tem a função
de formar estruturas na memória da criança,bem como,através do
exercício da função simbólica,acumular acervos de memória necessários
para a formação da pessoa,sua identidade e sua inserção no meio social.
Vygotsky esclarece bem a relação entre imaginação e memória.Ele ressalta
a diferença entre produção e criação,ambas atividades que tem apoio na
memória,mas que diferem exatamente , pelo tipo de experiência que cada
um implica.
A imaginação é parte integrante do processo de aprendizagem,porque aprender significa ,ser capaz de estabelecer conexões entre informações,
construindo significado.
Tanto a informação como a memória desenvolvem-se a partir das  experiências que a pessoa vai acumulando em sua vida cotidiana.
Portanto,a imaginação da criança precisa ser desenvolvida.Para o educador,
conhecimentos sobre a memória e sobre a imaginação são fundamentais,pois
toda aprendizagem envolve a criação de novas memórias ou a ampliação de
memórias já existentes.
O trabalho pedagógico também do exercício da imaginação,tanto do
professor,para criar situações de ensino e para planejar adequadamente
as atividades para essas situações,como do aluno,para realizar as ações
necessárias ao aprendizado.


 
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